Você conhece o Teste de Bechdel?

 

Foto sob licença Creative Commons por LubosHouska


Dia 8 de março é o dia da mulher e por isso não poderíamos deixar de falar do teste de Bechdel e da representação da figura feminina na literatura e também na ficção.

 Muitos escritores podem sofrer durante o processo de escrita ao procurar escrever personagens mais reais e verossímeis, não é à toa que temos alguns posts aqui no Projeto que podem ajudar nesse processo, mas sempre fica aquela dúvida se o personagem foi bem construído. Existem várias maneiras de checar isso, mas o ideal seria trabalhar com um leitor sensível para tirar essa dúvida e debater diferentes aspectos, principalmente se tratando da representação de minorias na literatura.

 


Até os dias de hoje a mulher é representada de diferentes maneiras: a donzela em perigo, a coadjuvante, a personagem criada para ser objeto de desejo, o par romântico do protagonista, a dona de casa perfeita, a chefa megera, entre outras. Muitas vezes diminuindo seu papel ou potencial na história sem nunca dar uma profundidade para ela.

 Pensando nessas questões surgiu o teste de Bechdel, que possui o seu nome em homenagem à cartunista norte-americana Alison Bechdel, que em uma de suas tirinhas satirizou as personagens femininas das grandes produções hollywoodianas, trazendo à tona questões de estereótipos na criação de personagens.

 

Imagem retirada de TecMundo

A função desse teste não é identificar se um filme é sexista ou não, mas sim gerar uma reflexão em relação a como as mulheres são representadas em diversos âmbitos artísticos. Existem várias obras que passam no teste e possuem conteúdos estereotipados e outros que não passam no teste e representam a mulher de uma maneira mais realista. A questão é realmente poder analisar as obras com um olhar mais crítico e tentar entender porque essa falta de representatividade ocorre e como ainda temos muito para melhorar. 

 O teste consiste em três regras simples:

1. Tenham ao menos duas personagens femininas;

2. Que conversem entre si em alguma cena;

3. Sobre algo que não seja homens.

 

É surpreendente a quantidade de filmes e outros tipos e obras que não passam no teste, isso pode nos levar a pensar no papel da mulher na sociedade em si, nos âmbitos de trabalho... Quantas escritoras são publicadas em relação à escritores, quantas roteiristas estiveram envolvidas em projetos, quantas diretoras de cinema temos, quantas editoras foram criadas por mulheres...

Além do Teste de Bechdel, foi criado o Teste Vito Russo com a intenção de analisar a representação de personagens da comunidade LGBTQI+ e o Teste de Finkbeiner, que tem a intenção a evitar o preconceito de gênero em artigos sobre mulheres na ciência.

 E você, conhece livros que passariam no teste? Recomende para a gente aqui nos comentários! E se você escreve, o seu livro passaria no teste?

2 Comments

  1. Ótima postagem. Ayumi sou fã do seu blog. segue o meu romline5 blog.
    https://romline5.blogspot.com/

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  2. Olá!
    Amei demais conhecer o método e concordo que quando precisamos ou colocamos uma meta de escrita para um determinado tempo acabamos tendo um bloqueio ou algo do tipo.
    Amei demais saber disso tudo.
    beijos.


    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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