No artigo de hoje nós vamos falar sobre o booktour. Vocês já conhecem essa técnica de divulgação de livros e de formação de comunidade? Vem conosco que lhe explicamos. 😉
Pensem em um cantor ou em uma cantora famosa. Uma das formas que este artista tem de promover o seu próprio trabalho é rodando por várias cidades (às vezes, até vários países), para apresentar suas músicas e se conectar com os seus fãs. A ideia do booktour é similar. A diferença é que quem sai em turnê não é um cantor ou uma cantora, mas sim o exemplar de um livro, dos seus livros. 😉
Para que o booktour aconteça é preciso escolher um livro e ter um grupo (grande ou pequeno) de leitores. Normalmente, quem organiza a turnê da obra é um autor, uma editora ou um influenciador literário, embora isso não seja necessariamente uma regra obrigatória. Autores, editoras e influenciadores costumam se destacarem na organização dos booktours, porque é comum que a obra viajante seja alvo de divulgação.
Com o grupo formado, monta-se um calendário que considera o tempo de leitura propriamente dito e o tempo de deslocamento do livro. Para saber qual leitor lerá primeiro, é possível fazer um sorteio ou estabelecer outro critério (a exemplo da proximidade geográfica ou do ordenamento dos nomes dos participantes de forma alfabética).
Feito isso, cada um dos participantes lê de acordo com o cronograma pré-estabelecido e, quando terminada a leitura, o livro é entregue (ou enviado pelo correio) ao próximo leitor, até que todos tenham lido e o ciclo se feche voltando ou para o primeiro leitor ou para o organizador do booktour.
Defina o grupo de leitores e reflita: qual gênero literário é o preferido da maioria das pessoas que participarão dessa atividade? Assim ficará mais fácil de escolher a obra lida;
A partir da localização geográfica dos participantes, reflita: como um participante fará com que o exemplar chegue no próximo leitor? Se todos moram na mesma região, é possível entregar pessoalmente? Se as pessoas estão distantes uma da outra, quem irá arcar com os custos do envio via transportadora ou correio?
Como será a interação com o exemplar? Há pessoas que gostam de grifar livros e há aqueles que não gostam de fazê-lo. Qual será a regra quanto a isso? Se houver grifos, cada participante grifará de uma cor diferente (para identificação) ou isso não faz diferença para o grupo? Se não houver grifos, haverá algum arquivo compartilhado para comentários das leituras?
Nossa recomenação é que o organizador do booktour crie uma rede: realize pelo menos 2 encontros, sejam eles presenciais ou online (abertura do booktour, para discutir e esclarecer possíveis regras, e fechamento, para que todos possam compartilhar tanto a experiência de leitura, quanto a do booktour); crie pelo menos um canal de comunicação entre os leitores (grupos de WhatsApp ou Telegram, canal no Discord ou qualquer outro espaço de conversa).
O que acontece caso algum participante não cumpra com o seu cronograma de leitura ou de entrega do livro? E se o exemplar se extraviar pelo Correio?
Por fim, defina: com quem ficará o exemplar depois que o booktour acabar?
Por que o booktour pode ser uma boa estratégia para autores e editoras independentes?
Livraria Megafauna, centro de São Paulo - SP.
O booktour é uma forma eficiente de fazer com que apenas um exemplar seja lido por diversos leitores. Tanto para o autor, quanto para a editora (independentes), isso é estratégico, porque diminui os custos com a divulgação da obra. Tomemos por exemplo um grupo de 10 leitores (que, normalmente, também são influenciadores ou falam sobre livros na internet, mesmo que só por lazer). Sai mais barato fazer um booktour com apenas um exemplar que passará por todos eles do que enviar um livro para cada um.
Além disso — e essa é a parte mais bacana do booktour — esse livro terá leituras aprofundadas, uma vez que os leitores trocarão informações sobre essa obra. Se o autor fizer parte do grupo (seja em tempo integral, como organizador; seja como convidado para algum encontro com os leitores), ele pode estreitar os laços com cada leitor e aumentar a sua base. Quando ele lançar uma próxima obra, provavelmente as pessoas quererão comprar a obra.
No fundo, o booktour tem a chance (a depender da moderação) de se tornar uma grande celebração da leitura de determinada obra.
Você já organizou ou participou de algum booktour? Se sim, compartilhe a sua experiência nos comentários. 😊
Olá, escritores!
Em Literatura Brasileira: da Tinta ao Touch, a autora
Yasmin Cardoso nos convida a embarcar em uma jornada esclarecedora pela evolução
da literatura brasileira, desde os primeiros registros coloniais até os
desdobramentos mais recentes nas plataformas digitais. Com uma abordagem leve e
descontraída (por vezes até um pouco mais do que o necessário, o que pode desagradar a alguns
leitores), o livro nos guia pelo cenário literário do Brasil, explorando como
as transformações de cada período influenciaram a visão e a escrita dos
autores, refletindo as mudanças sociais, culturais e tecnológicas ao longo dos
séculos.
Com 107 páginas o livro é dividido
em 16 capítulos:
Raizes da literatura brasileira.
Literatura Colonial e Jesuitica.
Barroco brasileiro, arte e literatura.
Arcadismo e a Inconfidência Mineira.
Romantismo: Nação e Identidade.
O Realismo e Machado de Assis.
Naturalismo e a questão social.
Simbolismo: misticismo e sensibilidade.
Modernismo e a Semana de 22.
O Regionalismo e a prosa nordestina.
O Concretismo e a poesia experimental.
Literaura da Ditadura: Vozes silenciadas.
Pós-Modernismo e a diversidade de gêneros.
Literatura Marginal e Periférica.
Novos autores e a literatura comtemporânea.
Literatura Digital e a Era da Internet.
Em cada capítulo, a autora faz uma contextualização sobre o período e analisa como isso influenciou o processo de escrita dos autores. Além disso, ela lista os principais nomes e obras que se destacaram em cada fase. Embora Yasmim tenha realizado uma excelente pesquisa para abordar os diferentes períodos da literatura brasileira, alguns pontos são tratados de forma superficial, oferecendo ao leitor a oportunidade de, se desejar, buscar um aprofundamento maior sobre o assunto.
A partir do capítulo 12, é praticamente impossível não tirar um tempo para refletir sobre as mudanças que ocorreram ao longo dos anos, assim como sobre os vários nomes importantes que surgiram nesse novo cenário literário, mas que não foram mencionados nesta obra. É importante ressaltar o legado de autores que, mesmo com poucos recursos, conseguiram produzir trabalhos significativos. Além disso, muitos dos nomes citados ao longo do livro são fontes de inspiração para muitos autores contemporâneos, ultrapassando inclusive as fronteiras do nosso país.
Este livro é um convite e um ótimo ponto de partida para todos os leitores e escritores, que desejam compreender melhor a riqueza e a diversidade da nossa escrita.
Livro: Literatura Brasileira: da tinta ao touch
Autor(a): Yasmim Cardoso
Editora: Pormenor
Sinopse: Literatura brasileira: da tinta ao touch é uma viagem pela história da literatura brasileira, desde os primórdios coloniais até os dias atuais. Com uma linguagem leve e descontraída, vamos explorar como a nossa rica tradição literária se reinventou ao longo do tempo até chegar às inovações dos autores contemporâneos nas plataformas digitais. Ideal para quem quer entender e se apaixonar pela literatura brasileira de uma forma envolvente e acessível, este é um guia para agradar todos os leitores.
Você já se
perguntou o que é uma ficha catalográfica? Para que serve? Como faço? Quem faz?
Então você está no post correto!
O que é?
A ficha
catalográfica é um documento obrigatório e essencial que deve estar presente no
livro. Essa ficha contém dados descritivos sobre o conteúdo e outras
informações como: título, nome do/s autor/es, data e local de publicação,
editora, número de edição/volume, gênero, entre outros. Geralmente encontrada
atrás da folha de rosto em um quadrinho junto com outras informações sobre a
produção do livro.
Para que
serve?
Ela permite
a identificação e catalogação do seu livro nos acervos, as informações contidas
nesse documento auxiliam os bibliotecários, editores e livreiros na localização
do mesmo. Cada ficha catalográfica possui um número de identificação único que
faz parte de um sistema de classificação.
Basicamente,
auxilia na localização dos seus livros entre tantos que existem mundo afora. O
que também é interessante para conhecer livros de temáticas similares.
Quem
deve fazer a ficha catalográfica?
Ela deve
ser realizada por profissionais de biblioteconomia com registro ativo no
Conselho Federal de Biblioteconomia e devem estar padronizadas de acordo com as
regras do Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2).
Onde
realizo a ficha catalográfica?
Você pode
solicitar o serviço para a Câmara Brasileira do
Livro (CBL) de maneira online seguindo os passos no site ou contratar o
serviço diretamente com um bibliotecário. Muito importante: o profissional deve
estar com o registro ativo!
O que
significa cada parte da ficha catalográfica?
E você
sabia dessas informações sobre a ficha catalográfica? Já fez antes? Conhece
algum/a bibliotecário/a para indicar-nos?
Olá, escritores!
Vira e mexe aparecem, nas nossas redes sociais, posts de autores chateados por terem seus livros pirateados e de leitores respondendo que leem arquivos piratas, porque eles são vistos como "gratuitos".
Sempre que um livro é pirateado, a cadeia produtiva do livro perde, principalmente o autor. O escritor é uma das pessoas mais prejudicadas, uma vez que já não ganha muito (cerca de 10% do valor de capa do livro físico e 15%, do e-book — quando o contrato é bom). Além disso, se esse escritor não vende, fica muito difícil de conseguir a renovação do contrato ou um novo contrato com uma editora maior ou melhor. Ou seja, a pirataria prejudica muito a longevidade da carreira daquele autor.
Há pessoas que dizem que leem apenas livros de autores estrangeiros de forma pirateada. Isso contina sendo crime e também prejudica a autoria brasileira. Isso porque muitos contratos de livros estrangeiros ajudam a manter a publicação nacional, uma vez que esta é uma das formas que algumas editoras têm de levantar mais dinheiro. Livros que vendem mais acabam abrindo portas para novos autores.
Por isso, escrevemos este artigo. Porque a verdade é que, além de escrever, faz parte do nosso papel como escritores:
1. lembrar a todos que pirataria é crime;
2. incentivar a leitura dentro da legalidade, de preferência, sem muitos custos para os leitores que não têm acesso a pagar por livros caros.
Escritores passam anos trabalhando em um livro. Esse trabalho deve ser valorizado. (Imagem de Fernanda Rodrigues, por Bruna T. Russo)
O que é considerado pela lei como pirataria
Pirataria é a violação dos direitos autorais do artista (no caso de livros, do autor, do ilustrador, do fotógrafo, do tradutor e demais profissionais envolvidos a depender da obra). Essa violação, em outras palavras, é o uso indevido do livro sem a permissão de seus autores.
Segundo o artigo 184, do Código Penal, entende-se como uso indevido a reprodução total ou parcial de uma obra, bem como a sua venda e difusão sem autorização expressa de seus autores. A pirataria é um crime que pode ter como pena até 4 anos de reclusão e multa, nos casos mais graves. Para ler o artigo 184 por completo, clique aqui.
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Como ler livros de graça ou pagando menos
Lendo de graça
Sobre a leitura sem gastos financeiros com a obra, elencamos 6 formas:
Para a leitura dos clássicos e livros em domínio público, é possível baixar os arquivos em dois sites: o brasileiro Domínio Público e o estrangeiro Archive.
Para qualquer tipo de livro, há a possibilidade de empréstimos de bibliotecas tanto para livros físicos, quanto para livros digitais.
Para livros de um autor em específico, há o booktour.
Se você fala sobre livros na internet, é possível ainda fazer parcerias com autores e editoras.
Para exemplares físicos, é possível ir a eventos de trocas de livros;
Leitores podem emprestar ou trocar livros com os outros amigos que leem.
O acesso pode ser feito pelo link: http://www.dominiopublico.gov.br/. Como pode ser visto na imagem acima, à esquerda é possível fazer a pesquisa pelo tipo de mídia (texto), então buscar a categoria (Literatura, Literatura infantil ou Literatura de cordel) e idioma. Caso busque por um escritor ou obra específico, use os campos autor e título. Nesta parte do site também é possível escolher obras de não ficção ou de outras áreas no campo categoria. Embaixo da área de busca, é possível clicar nos banners para conteúdo específico sobre legislação, Educação e História da África.
À direita há um espaço com destaques dos conteúdos importantes, como todas as obras do Machado de Assis e um site especial sobre ele, livros de educação e de literatura infantil em português.
Archive
Entre em archive.org. Lá há vários caminhos para encontrar o livro desejado (prints acima, clique para ampliar). Você pode escrever o nome do texto na caixa de busca onde está escrito a palavra Search; pode usar a busca avançada, clicando em Advanced Search; pode usar as coleções na área Top Collections; ou ainda acessar às bibliotecas clicando Text, no menu do topo do site. Ali abrirão várias opções de bibliotecas. Tanto o site, quanto seu conteúdo é majoritariamente em inglês, mas é possível encontrar arquivos em outros idiomas também.
Há diversos tipos de bibliotecas e isso vai variar um pouco dependendo do tamanho da cidade em que o leitor mora. Deixamos aqui uma pequena lista de lugares que costumam ter bibliotecas abertas à comunidade:
bibliotecas municipais: busque no site da sua prefeitura se há bibliotecas no seu município. No site das prefeituras costuma haver as informações de endereço, cadastro, tempo de empréstimo e multas (caso haja atraso no devolução). No caso da minha cidade, São Paulo, o site com as informações é este.
bibliotecas estaduais: assim como acontece com as bibliotecas municipais, os estados também são responsáveis por um certo número de acervos. Você pode pesquisar por "bibliotecas estaduais + sigla do seu estado" para obter as informações. No caso do estado de São Paulo, o site é o do SisEB.
bibliotecas do SESC: o SESC tem um trabalho muito bonito com tanto com bibliotecas em espaços permanentes em suas unidades ao longo do Brasil, quanto com o projeto BiblioSesc (caminhão-biblioteca que circula pelo país). Todas as informações estão aqui.
bibliotecas de ONGs e Institutos: muitas organizações não governamentais (ONGs) e institutos que bibliotecas. Algumas delas especializadas (como o caso do Instituto Moreira-Salles, que tem um acervo voltado à fotografia). Então, vale visitar esses espaços e se informar como fazer os empréstimos.
bibliotecas universitárias: muitas universidades abrem seus acervos não apenas para os seus estudantes, mas também para a comunidade do entorno. Para isso, basta fazer um cadastro especial. Se houver alguma universidade próxima à sua casa, vale a pena perguntar se esse serviço está disponível e como é o processo de inscrição.
bibliotecas escolares: normalmente escolas de Ensino Fundamental, Médio e Técnico têm (ou deveriam ter) bibliotecas atualizadas. Se você for aluno, vale dar um pulo neste espaço e conversar com a bibliotecária de plantão.
Vale dizer que muitas das bibliotecas têm sites em que é possível verificar se há o livro no acervo sem ter que ir presencialmente até lá. Algumas delas também fazem a consulta via telefone.
Também é legal saber que algumas dessas bibliotecas podem ter acervos especializados seja por tema, seja por material. Em São Paulo há bibliotecas temáticas (poesia, literatura afro-brasileira, cinema, feminista, de contos de fada, de literatura fantástica, de ciências etc.) e com materiais específicos (como a biblioteca em braile ou a gibiteca). Isso tudo, fora as edições mais antigas, que são raras. Então, uma visita à biblioteca pode ser muito enriquecedora não só por permitir o empréstimo do livro da moda nas bookredes, mas também por possibilitar a descoberta de uma obra bem diferente da zona de conforto do leitor.
BibliON: Em São Paulo, há a BibliON, Biblioteca Digital Gratuita do Estado de São Paulo, em que é possível se cadastrar, baixar o app e, além de fazer empréstimos, ouvir a podcasts literários e participar de clubes de leitura. Embora no site diga que a BibliON é para"Todos os cidadãos do Estado de São Paulo", pessoas de todo o Brasil podem se cadastrar. Além da nossa comunidade ter nos ajudado com esta dúvida, escrevemos para o contato da plataforma que nos respondeu dizendo "que a BibliON está à disposição de qualquer pessoa que se cadastrar para utilizá-la."
ABL: No site da Academia Brasileira de Letras, ABL, é possível ler as edições da Revista Brasileira e ter acesso aos acervos arquivístico, bibliográfico e museológico, bem como consultar o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa). Há ainda um dicionário (que no momento desta publicação tem a sua construção em desenvolvimento).
BN: No site da Biblioteca Nacional Digital, pode-se ver/ler os arquivos digitalizados de livros, correspondências, jornais e demais artigos da Biblioteca Nacional. Além desses acervos, o site da Biblioteca Nacional traz uma lista de Bibliotecas Digitais pelo mundo, organizada por regiões. Acesse a lista aqui.
O booktour é organizado por um grupo de pessoas que querem ler o mesmo livro. Normalmente, este grupo escolhe um exemplar de um livro físico, monta um calendário de leitura e faz um sorteio para saber qual será a ordem de leitura dos participantes que lerão aquele exemplar. Cada um lê de acordo com o cronograma pré-estabelecido e, quando terminado, o livro é entregue (ou enviado pelo correio) ao próximo leitor, até que todos tenham lido e o ciclo se feche voltando para o primeiro leitor (que, normalmente, é o dono do exemplar).
Cada booktour tem seus próprios acordos, alguns deles são: os leitores poderão grifar e fazer anotações no livro lido? Se sim, com qualquer cor ou cada um terá uma cor diferente para identificação? Haverá encontros para discussão da leitura? Se sim, quantos? O que acontece com quem não respeitar o prazo de envio do livro para o próximo participante? O que será feito com o exemplar lido por todos: voltará ao dono, será sorteado entre os participantes do booktour? Quem arcará com o envio, caso precise de correio?
Muitos autores independentes e influenciadores literários gostam de organizar booktours seja para divulgar a sua obra gastando pouco (apenas o correio e o valor do exemplar), seja porque esta também é uma forma de criar comunidade e fazer vínculo com leitores.
Se você gosta de ler um autor em específico, pode pesquisar se não está acontecendo algum booktour de alguma de suas obras ou chamar um grupo de leitores e organizar o seu próprio.
Parcerias com autores e editoras
Ler e falar sobre livros na internet é uma forma de incentivo à leitura. (Imagem por Fernanda Rodrigues)
Para os leitores que trabalham falando sobre livros na internet, é possível fazer parcerias com autores e editoras: eles lhes enviam as obras de forma gratuita e você, leitor, escreve/grava sobre o livro. Assim como dito com o booktour, cada parceria tem sua própria regra, portanto, é importante estar atento a isso. Deixamos algumas dicas:
Pesquise sobre o autor/editora ANTES de fazer a parceria.
Seja realista: as regras propostas pelo parceiro são justas? Você vai conseguir cumprir com as regras da parceria?
Se informe sobre o que fazer caso você não ache que a obra lida tenha qualidade literária (você saber fazer crítica sem ser ofensivo com o autor e com a editora?).
Tenha os pés no chão: não se inscreva para TODAS AS PARCERIAS que surgirem, porque você provavelmente não dará conta. Selecione as que cabem no seu tempo e energia.
Normalmente as editoras abrem o processo de parceria na transição entre os semestres. Se você deseja ser parceiro tanto de autores, quanto de editoras, nossa dica é ficar de olho nas redes sociais e/ou se inscrever nas newsletters deles.
Eventos de trocas de livros
Eventos literários são sempre boas oportunidades para trocar e comprar livros. (Imagem por Fernanda Rodrigues)
Alguns espaços culturais (museus, bibliotecas, ONGs etc.) promovem eventos periódicos de trocas de livros em que leitores levam um exemplar em bom estado e trocam por outro também em bom estado. Verifique se não há alguma troca na sua cidade.
Geralmente leitores têm amigos leitores. Também é possível trocar ou emprestar livros dos acervos dos amigos. Há a possibilidade de reunir um grupo e criar o evento de trocas (ou empréstimos) dentro de um determinado grupo.
Sabemos que nem todo mundo pode separar dinheiro do orçamento para comprar livros; entretanto, se você puder, faça. Tenha uma quantia mínima e máxima para gastar com livros (físicos e digitais) por mês (por bimestre ou por semestre) que seja compatível com os seus rendimentos. Assim, você não corre o risco de gastar a mais e pensa duas vezes se aquela compra é realmente necessária.
Pense quais são os livros que você quer ler e faça uma lista. Alguma das obras está disponível em bibliotecas? E em sebos? É possível esperar até alguma data comercial que faça promoção?
Nossa sugestão é que na lista, além das informações do livro, o leitor possa anotar o preço médio dele. Assim, quando houver algum anúncio de promoção, é possível saber se vale mesmo a pena fazer a compra, ou não. Se possível, mantenha essa lista sincronizada com o seu celular, para rápida consulta quando você estiver em uma livraria, por exemplo.
Ter uma lista ajuda o leitor a ter uma ideia de quanto vai gastar com aquelas leituras, de modo a encaixar esse gasto com o orçamento citado no item anterior. Além disso, listar as leituras ajuda a visualizar o que está sendo lido (só autores estrangeiros? Brasileiros? Homens? Mulheres? Brancos? Etc.). Ter uma lista sempre traz uma reflexão importante sobre a nossa forma de ler.
Muita gente não sabe, mas alguns planos de telefonia celular contemplam formas de ler de graça ou gastando pouco. As operadoras Claro e Vivo dão direito ao Skeelo, garantindo um livro gratuito por mês (e a própria Skeelo tem missões dentro do app que, quando completadas, podem ser trocadas por livros). Já a Tim tem parceria com a Aya Books que também dá direito a um livro por mês a muitos planos.
Sendo assim, verifique com a sua operadora se você tem direito a alguma forma de leitura como essas.
Inscreva-se nas newsletters
Sempre que autores, editoras e livrarias fazem promoções, eles avisam por meio de suas newsletters. Esse é um jeito bom de não perder os descontos e saber quando o livro da sua lista está sendo vendido mais barato.
Compre nas feiras de livros da universidades
Feiras são ótimas para comprar livros e fazer contatos com leitores. (Imagem por Fernanda Rodrigues)
As universidades públicas costumam fazer feiras de livros em que as editoras vendem suas obras com descontos altos (normalmente de 50% no preço de capa). As promoções acontecem nos sites e no evento presencial. Algumas dessas feiras estão listadas abaixo:
Garimpar sebos é sempre muito interessante, primeiro porque o volume vem com uma história própria (seja porque às vezes com dedicatórias ou com autógrafos, seja por ser raro), segundo pelo preço em si. Atualmente, além dos sebos físicos há sebos virtuais, sendo assim, o processo de busca pelo livro e de comparação de preços é bem simples de ser feito.
Fique de olho na Amazon
Além das promoções dos exemplares físicos, há muitos e-books gratuitos ou com preços menores. O leitor também pode aproveitar datas comerciais (como a Amazon Prime Day, a Black Friday e a Cyber Monday) e eventos como o Exploda/ Encha o seu Kindle.
Apoie o Projeto Escrita Criativa comprando na nossa loja de Afiliados da Amazon. O valor do produto não muda para você, mas nós recebemos uma pequena comissão.
Venda livros para comprar livros
Assim como é possível trocar livros gratuitamente, há a possibilidade vender aquele livro que está parado na sua estante. Para isso, você pode anunciar em suas redes sociais, blog e/ou newsletter, vender para sebos ou ainda criar uma loja virtual em sites como a Amazon, a Estante Virtual, a Shopee ou o Mercado Livre. Com este dinheiro, você pode comprar novas obras e fazer a literatura circular.
É possível ler livros gastando pouco ou até mesmo lendo de graça. Usar como desculpa o preço para cometer o crime de pirataria não é certo, prejudica o mercado e há meios para fugir disso. Só nesse artigo demos 14 alternativas (6 gratuitas e 8 gastando pouco) para que leitores possam sair do/não entrar no caminho da ilegalidade. Além disso, estamos abertas a outros modos de ler sem piratear que não foram listados aqui. Se você souber de mais algum, pode deixá-lo nos comentários deste artigo.
Reforçamos mais uma vez o que dissemos no início deste texto: é papel dos profissionais do livro lutar para que nossas obras sejam lidas por meio legal, respeitando a legislação e os nossos direitos autorais.
Então bora contribuir para a nossa cultura de um jeito que seja bacana tanto para os leitores, quanto para os profissionais do livro? Bora!
Jeferson abriu os olhos, mas continuou deitado na cama dura e estreita, concentrando-se para capturar o máximo possível dos detalhes do sonho que havia acabado de sonhar: ele, com um gordo gato preto nos braços e semblante de triunfo. Sim... A sensação de alegria que experimentou no sonho ainda estava bastante viva nele. Na cama, deixou um leve sorriso desenhar-se em seus lábios, enquanto apoiava os braços sob a cabeça. Mas havia mais alguém no sonho... Fechou novamente os olhos tentando rever aquelas imagens. Aos poucos sua mãe chorando, ajoelhada no chão, com os braços para o alto, reapareceu nitidamente para ele.
Jeferson pulou da cama animado. Era hoje que ia deixar para trás aquela vida de trocados contados, noites curtas, comida pouca e muito trabalho. Daria uma vida melhor para D. Neide. O sonho era claro: só precisava apostar no bicho. Ia dar gato na cabeça!
Saiu de casa assobiando, rumo à banca do bicho que ficava na vielinha, um quarteirão acima de seu barraco. Fez a aposta e seguiu para o que seria – tinha certeza! – seu último dia na oficina. Antes, porém, comprou uma rosca na padaria e decidiu levar para D. Neide, aproveitando para dividir com a mãe suas mais doces esperanças.
No caminho até lá, chamou a atenção de Jeferson um cartaz colado em diversos postes, árvores e muros da cidade. A mensagem oferecia uma gorda recompensa para quem encontrasse Nadine, a gatinha estampada na fotografia. Os olhos de Jeferson se iluminaram. Ele havia interpretado errado o sonho! Não era o jogo do bicho que lhe traria a grana, mas sim Nadine. Ele seguiu seu caminho com a certeza de que ia encontrá-la.
De fato, já bem próximo à casa de D. Neide, um gato preto saiu de um terreno baldio em disparada, como se fugisse de algo ou alguém. Jeferson não pensou duas vezes: largou a rosca jogada na calçada e correu em seu encalço. No meio da avenida em frente à casa da mãe, Jeferson, enfim, agarrou o bichano, mas em seu momento de triunfo, não notou o ônibus da linha 203B que vinha a toda, sempre atrasado. Nem Jeferson e nem o gato resistiram ao impacto.
D. Neide, ouvindo a balbúrdia em frente ao seu sobradinho, chegou ao portão e deu com Jeferson estirado no asfalto. Depois do choque, jogou-se ao lado do único filho e, com as mãos para o céu, chorou até ser capaz de acreditar que aquilo não passava de um pesadelo.
Texto escrito pela escritora Cassiana Perez, a partir da proposta do Vivenciando a Escrita para o mês de janeiro de 2025: Um dia de Coincidências. Para conhecer os próximos temas e saber como participar, acesse aqui.
Esse sábado
dia 22 de março é o Indie Book Day ou Dia do Livro Independente. Criado em 2013
na Alemanha com a intenção de dar mais visibilidade e apoio às editoras e
livrarias independentes, terminou se espalhando para vários países e é claro
que o Brasil não podia ficar de fora tendo tantas editoras e escritores
independentes.
Diferentes
maneiras de participar:
Indique e
compartilhe nas redes sociais usando a #indiebookday.
Suba fotos
e vídeos com o livro.
Compre
livros de autores e editoras independentes.
Reposte
publicações com esses livros.
Basicamente
toda e qualquer ação que faça com que o livro possa chegar até outras pessoas!
E você, tem livros publicados de maneira independente ou tem algum para recomendar? Deixa aqui nos comentários!
Por que é
importante?
Sabemos que
ser escritor no Brasil não é fácil, ainda mais sendo escritor ou escritora
independente. É um processo longo e que exige muito trabalho, porém costuma ter
pouca visibilidade em comparação aos escritores que conseguem publicar com grandes
editoras. Por isso é importante apoiar, comprar, compartilhar e falar sobre
para que todos aqueles que escolhem esse tipo de publicação possam ter uma
chance de chegar até os leitores, para que todos possam conhecer suas histórias.
O escritor independente nem sempre terá as ferramentas das grandes editoras
para poder divulgar o livro e por isso que o melhor marketing é o boca-a-boca.
O mesmo
acontece com as pequenas editoras ou editoras independentes, que lutam constantemente
para permanecer no mercado que está cada vez mais difícil, com custos exorbitantes
para manter a qualidade dos livros e publicar novos autores. Comprar livros
dessas editoras é ajudar a que continuem abertas dando oportunidades à novos
escritores, à novas histórias e também a uma diversidade de livros, já que
algumas delas realizam projetos de livros não tão comuns que saem do padrão
convencional.
Vamos
juntos fortalecer escritores e editoras independentes, para que todos tenhamos
oportunidades no futuro criando uma rede de apoio gigante, principalmente no
Brasil que é um país onde a população cada vez lê menos e onde editoras fecham
todo o tempo.
Olá, escritores!
Como muitos de vocês sabem, no dia 15 de março comemora-se o Dia do Consumidor. Essa data serve para nos lembrar dos nossos direitos como consumidores, de modo que comerciantes e marcas respeitem quem injeta dinheiro na economia através de consumir seus produtos e serviços.
Esta também é uma data em que aproveita-se para fazer muitas promoções. Conosco, não seria diferente, por isso pensamos em uma semana inteira de descontos, já que um dos nossos objetivos no Projeto Escrita Criativa é democratizar tanto a escrita literária, quanto a leitura, sendo assim, nada como fazermos uma superpromoção com os nossos livros, não é mesmo?
Na loja do Algumas Observações, vocês podem comprar as versões fisicas das nossas antologias e as versões digitais dos nossos planners e dos nossos adesivos.
Para ter 10% de desconto no valor total do seu pedido, use o cupom: DESCONTO10.
O dia do consumidor está se aproximando e hoje a Amazon começou com um "Esquenta Semana do Consumidor" para você aproveitar as ofertas de maneira antecipada com produtos que variam de 10% a 70% de desconto, selecionamos algumas indicações para vocês!
Mais informações do Esquenta
Semana do Consumidor na Amazon Brasil
As ofertas
antecipadas do Esquenta começaram! Você já pode aproveitar milhares de
promoções enquanto a Semana do Consumidor não começa. Aproveite descontos em
itens da rotina, Cuidados Pessoais, Limpeza da Casa, Beleza, Livros e muito
mais. Frete GRÁTIS com Amazon Prime ou em compras acima de R$ 79 em produtos
vendidos e enviados pela Amazon.
O Esquenta
começa hoje dia 10 de março e vai até 14 de março, quando começa a Semana do
Consumidor. Será uma festa de ofertas para você até 21 de março!
Fique de
olho porque quem assina o Amazon Prime vai poder aproveitar os descontos horas
antes das ofertas da Semana do Consumidor ficarem disponíveis pra todo mundo.
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Para aproveitar essa semana do consumidor, nós também estamos com descontos nos nossos produtos exclusivos do Projeto Escrita Criativa. Temos cadernos, canecas, bonés, almofadas e muito mais! Ganhe 5% de
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Projeto Escrita Criativa nasceu em 2015 com o objetivo de reunir blogueiros e novos escritores, para exercitarem a sua criatividade no papel.
Você pode saber mais sobre o que é o Projeto clicando aqui.
Para conhecer a equipe, clique aqui.
O que você busca?
Olá, escritor!
Quer escrever, mas se sente perdido? Não sabe bem por onde começar? Escreveu e não sabe o que fazer com o texto? Pois bem, fizemos uma espécie de mapa que pode lhe ajudar nesta missão. Vamos lá?
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