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É bem comum que na hora de criarmos nossas história nosso foco em um primeiro momento fique na mensagem que queremos passar, nos fazendo esquecer que é igualmente importante pensar na forma que queremos transmiti-la.

Existem histórias ainda que possuam um grande potencial, acabam não conseguindo desenvolver a ideia de forma que gere conexão com o leitor. Muitas vezes isso ocorre devido a escolha equivocada na hora de definir a melhor maneira de contá-la.

Para diminuir as chances de isso acontecer com você, nós da moderação iremos listar  os principais tipos de narradores de maneira simples e objetiva, ou pelo menos vamos tentar.  Porém, antes de falar sobre os tipos de narradores que você pode utilizar para contar sua história é importante ter em mente  o que é o foco narrativo.

O foco narrativo, pode ser caracterizado como a “voz do texto”, ou seja, ele é o responsável por nos  apresentar a perspectiva e consequentemente o tipo de narrador que está contando a história.


O foco narrativo pode ser classificado basicamente em três tipos: Primeira Pessoa, Segunda Pessoa e Terceira Pessoa.

Foco narrativo de primeira pessoa


  • Narrador Protagonista: a história é narrada por um dos personagens principais. O personagem só pode narrar os eventos que ele/ela tem conhecimento.
Exemplo 1:  Dom Casmurro, por Machado de Assis
No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. 

 Exemplo 2:  Flores Para Algernon, por Daniel Keys
Daí eu disse como é que eu vou contar istórias de peçoas que eu não conheço. Ela falou pra faze de conta mas eu já avizei que não era mimtiroso. Eu não conto mimtiras porque quando eu era menor eu inventava mimtiras e apanhava muito porcausa disso.

  • Narrador Coadjuvante: a história é narrada por um personagem secundário, que não é protagonista dos eventos narrados. Esse ponto de vista pode ser usado quando os personagens principais não estão cientes de suas ações.
Exemplo: Sherlock Holmes, por Arthur Conan Doyle
Encontramo-nos no dia seguinte, conforme o combinado, e inspecionamos os aposentos da Baker Street, 221 B, sobre os quais havíamos falado na véspera. Eram dois dormitórios confortáveis e uma sala de estar espaçosa e arejada, mobiliada com jovialidade e iluminada por duas amplas janelas. O conjunto era atraente em todos os aspectos, e o preço, tão módico, se dividido entre nós, que acertamos tudo ali mesmo e tomamos posse de nossos domínios. Na mesma tarde retirei meus pertences do hotel e Sherlock Holmes chegou na manhã seguinte, com várias caixas e maletas. 
A convivência com Holmes não era nem um pouco difícil. Ele tinha maneiras tranquilas e hábitos regulares. Era raro vê-lo de pé após as dez horas da noite, e quando eu me levantava de manhã, ele invariavelmente já tomara o breakfast e saíra. 


Foco narrativo de segunda pessoa


A  história é narrada por um narrador externo que se dirige diretamente ao leitor. Neste caso o leitor acaba por se transformar em um personagem da história, na maioria das vezes como protagonista.  Esse tipo de narrador não é muito utilizado, mas geralmente vemos esse tipo de narrativa em livros interativos e livros-jogos. 

Exemplos 1: O inimigo digital: Uma aventura interativa não oficial de Minecraft, por Athos Beuren

Você se enrola com a peça de lã e se encolhe na cama, onde acaba pegando no sono enquanto a tempestade faz a cabana toda ranger. Quando acorda, você ouve o cantar dos pássaros do lado de fora. Você retoma seu caminho sob o brilho do sol do fim  da tarde. Após contornar a montanha que o obrigou ao desvio pela Planície Grama Verde, você retoma o seu curso indicado pela bússola. Vá para 56.  

Exemplos 2: Quando uma garota entra em um bar, por Helena S. Paige


Você retorna ao seu banquinho, um pouco desamparada. Sente-se exposta, toda bem-vestida sem ninguém para conversar. O barman deslumbrante está lidando com um grupo barulhento, e o homem intenso que você encontrou mais cedo ainda está cara a cara com o colega. Você poderia ficar por ali mesmo e tomar o último drinque, mas tem a opção da exposição... com a certeza de encontrar canapés, pelo menos. 
 Se decidir permanecer, tomar outro drinque e ver o que rola, clique aqui.
 Se decidir conferir a exposição na galeria, clique aqui.
Este  exemplo foi retirado da versão e-book, na impressa no lugar de “ clique aqui”, haverá o número correspondendo a página que você deverá ir. 

Foco narrativo de terceira pessoa


A narrativa em Terceira Pessoa daria uma postagem própria graças as possibilidades que ela oferece, então hoje vamos focar apenas nas principais:

Narrador onisciente:  tem total conhecimento dos fatos e dos personagens. Assim, ele conhece o passado, o presente e o futuro dos personagens, bem como seus pensamentos e sentimentos, inclusive eventos que nenhum personagem conhece.

O narrador onisciente poder ser dividido em: narrador onisciente intruso, narrador onisciente neutro, narrador onisciente seletivo/múltiplo. Mas essa é uma conversa para outro dia.

Exemplo: Guerra e Paz, por Leon Tolstói

Como um ator que recita o papel de uma velha peça, o príncipe Vassili sempre falava indolentemente. Ana Pavlovna Scherer, ao contrário, apesar dos seus quarenta anos, era toda animação e entusiasmo. Esse entusiasmo tornara-se a alma de sua posição social, e, às vezes mesmo sem vontade, entusiasmava-se para não decepcionar os que a conheciam. O sorriso reprimido que Ana Pavlovna trazia sempre na face, embora não condissesse com seus traços cansados, exprimia, como nas crianças mimadas, a consciência absoluta de seu gracioso defeito, de que não queria, não podia e não achava necessário corrigir-se. 


Narrador observador:  narra apenas o que vê, o que observa, isto é, não participa da história e nem tem conhecimento total dos fatos e personagens.

Exemplo: As Intermitências da Morte, por José Saramago

Um dia, uma senhora em estado de viúva  recente, não encontrando outra maneira de manifestar a nova felicidade que lhe inundava o ser, e se bem com a ligeira dor de saber que, não morrendo ela, nunca mais voltaria a ver o pranteado defunto, lembrou-se de pendurar para a rua, na sacada florida da sua casa de  jantar, a bandeira nacional. Foi o que se costuma chamar meu dito, meu feito. 

Agora nos conte você como leitor prefere os livros narrados em primeira, segunda ou terceira pessoa? E como escritor qual seu tipo de narrativa favorita?


Olá, escritores!

O dia nacional do escritor está chegando (dia 25 de julho), já fizemos um post sobre essa data e o que significa ser escritor para alguns participantes do Projeto. Acredito que cada escritor possui uma história que só ele pode contar, cada um coloca suas próprias emoções e cada um escreve por diferentes motivos, o que torna toda produção literária algo muito especial.

Já comentamos que, muitas vezes, temos a impressão de que ser escritor é um trabalho solitário, mas na realidade não é! A Fernanda fez um vídeo muito interessante onde fala sobre os diferentes profissionais envolvidos nesse processo.


E hoje, para ajudar você escritor, vamos retomar um vídeo do nosso canal. Isso mesmo! Você conhece o booktube?

Existe um movimento muito grande de escritores independentes e sabemos que é muito difícil criar o nosso próprio nicho, por isso precisamos da ajuda de outros na divulgação dos nossos livros, pode ser um booktuber, um bookstagrammer, booktwitter, blogueiros... Podemos todos crescer juntos, sempre quando um respeitar o trabalho do outro.

Por isso, deixo aqui o vídeo que explica um pouco mais sobre o booktube e como enviar o livro para eles, além de uma lista com booktubers maravilhosos!



Ju Cirqueira - Nuvem Literaria


Edu Feliciano - Luckyficious


Igor Vicente - Girassol com livros


Victor Almeida - Geek Freak


Melina Souza - Tea with Mel


Thaís Cavalcante - Pronome Interrogativo


Thaísa - Toca Geeky



Mell Ferraz - Literature-se

Paola Aleksandra

Aione Simões


Juan Jullian


E você, conhece algum booktuber para indicar para a gente? Ou quem sabe bookstagrammer, booktwitter, blogueiro... 
Como você se organiza para escrever? Compartilhe a sua rotina (ou falta dela!) nos comentários.
(Imagem por Content Pixie, via Unsplash)


Muitos escritores reclamam da dificuldade de “parar, sentar e escrever” e acabam culpando o “bloqueio criativo” por não conseguirem colocar as ideias no papel. O importante, quando isso acontece, é tentar compreender por que motivos os textos não nascem:


Tabela que apresenta problemas e possíveis soluções de como lidar com o bloqueio criativo na escrita literária.
Bloqueio criativo: problema x possível solução.


O post de hoje é para falar desse último ponto e tentar levantar alguns caminhos para solucionar esse problema. Vamos lá? 

Saiba por que você escreve

Estabelecer uma rotina é algo muito pessoal. Não adianta eu vir aqui e falar quantas horas, palavras ou laudas um escritor deve criar por semana, porque isso vai variar de acordo com o tempo e com o estilo de vida que cada um tem. Entretanto, é importante ter consciência de como você encara a tarefa de escritor e por que você quer mantê-la constantemente em sua vida. Abaixo seguem alguns exemplos de modalidades de escrita, objetivos para cada uma delas, bem como possibilidades de local de publicação e frequência: 

Tabelas que apresentam alguns tipos e motivos de escrita.
Exemplos de motivos que levam alguém a escrever. Você começou por algum que não está na lista?
Deixe a sua razão nos comentários. ;)

Nota-se nos exemplos acima que a Escrita Curativa não tem cunho profissional; que o blog/site literário pode ou não ser um trabalho e que o projeto literário é um trabalho. Apesar de um não interferir diretamente no outro — nada impede do site se transformar em um portfólio ou de você usar um trecho do seu diário no seu livro — os níveis de comprometimento são distintos em cada uma dessa forma de escrita. Se você quiser se tornar um escritor profissional é importante ter a certeza de que o nível de responsabilidade com a escrita será maior do que aquele tido por alguém que só escreve por diversão.

Priorize tempo na sua agenda 

Se você resolveu que quer ser um escritor profissional, publicado por uma editora, com muitos leitores, é importante que você priorize a escrita em sua agenda semanal. Não estou falando aqui que você deve passar o dia todo escrevendo, porque sabemos que muitos escritores que nos acompanham se dividem entre ser escritor e ter outra profissão; contudo, é importante reservar um bloco de tempo — diário ou semanal — para escrever. Do mesmo jeito que você tem horas reservada para o seu outro trabalho / estudo, deve ter horas para a escrita. 

Separe uma hora por dia. Ou três no final de semana. Meia hora de manhã e meia hora à noite. Não importa como será, desde que funcione para você. No começo, agende o que der. Seja honesto consigo mesmo sobre isso. Depois, aos poucos, você vai ajeitando e ampliando essa janela. O importante é ter a reserva de tempo para começar. 

Escolha local e materiais adequados 

Escolher o local de escrita com carinho também é importante. Seu espaço pode ser um escritório, a mesa da cozinha, uma cafeteria ou biblioteca (depois do tempo de isolamento, claro). O importante é criar/estar em um ambiente que estimule a criatividade (não as interrupções). Prepare o espaço com o seu material de trabalho. É bacana que você faça uma lista de tudo o que vai precisar o momento da escrita. Minha sugestão de check list é:

Checklist com materiais para elaboração de escrita criativa.
O que você precisa para escrever? Conte nos comentários.

Lembrando que é importante que o espaço de escrita seja bem iluminado para que você não force demais os olhos. Também é legal ter uma cadeira confortável, porque ninguém merece as dores nas costas por ficar sentado demais. 

Escolha horários focando na sua energia

Já reparou que há momentos do dia em que você tem mais energia? Se for possível, faça com que o seu tempo de escrita coincida com o horário em que você tem esse pico de produtividade no dia. Provavelmente, isso ajudará a escrever mais em menos tempo. 

Avise as pessoas ao seu redor 

É importante deixar claro para todo mundo que conviver com você que a escrita é um trabalho e que — como qualquer outra tarefa de qualquer outra profissão — não deve ser interrompida. Quanto mais assertivo você for ao dizer isso, mais as pessoas o respeitarão e evitarão em te interromper. 

Fique offline 

Caso você não precise fazer nenhuma consulta sobre o que está escrevendo, fique offline. Isso vai ajudá-lo a não se distrair. A mesma postura vale para qualquer outra coisa que te distraia: jogos, músicas, passarinho cantando no jardim. Se estiver muito complicado para manter o foco, se levante e faça algo simples (como ir beber água ou ir ao banheiro) e depois volte a escrever. 

Tenha sempre um caderno em mãos 

Carregue consigo um caderno que funcione como “caixa de entrada” para receber novas ideias, insights, observações sobre qualquer aleatoriedade que lhe pareça relevante. Antes de começar a escrever, dê uma olhada nessas anotações e veja se algo lhe é útil para o momento (se for, faça uma pequena nota/marcação, para saber o que já foi usado ou não). 

Revise a sua rotina de escrita de tempos em tempos 

Eu vejo três pontos que são os principais motivos de se ter uma rotina: 

Lista com vantagens para organizar/ter uma rotina de escrita literária.
Principais vantagens de manter uma rotina de escrita.


A questão é que — principalmente no começo — nem sempre a gente planeja uma rotina que funciona. Entre se forçar a viver uma rotina que não está dando certo e replanejá-la, faça como o GPS e recalcule a rota. Veja quando deu totalmente certo e totalmente errado, analise se você reservou tempo demais (e ficou cansado) ou tempo de menos (e não foi suficiente). Tenha flexibilidade para reconhecer o que funciona ou não para você e mude caso necessário. 

Infográfico para download com 8 dicas de como organizar uma rotina de escrita
Para baixar o infográfico:
No computador: clique com o botão direito do mouse e escolha a opção "Salvar imagem como". Escolha o local e clique em "Salvar",
No celular: pressione sobre a imagem e escolha a opção "Fazer download da imagem".

Espero que eu tenha ajudado. Se ficou alguma dúvida, deixe aí nos comentários para que a equipe do Projeto Escrita Criativa possa lhe apoiar!

>> Leia também: O bloqueio criativo como forma de inspiração.  

Olá, Escritores! 
Segundo Cora Coralina, uma das mais importantes escritoras brasileiras “O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.”. Nós da moderação compartilhamos com vocês através da nossa Biblioteca Criativa vários livros, filme e séries de TV que podem te ajudar no processo de aprimoramento da sua escrita.  

Ao longo de nossas postagens também já listamos algumas dicas de autores consagrados, mas hoje resolvemos listar alguns conselhos de escritores experiencies que podem te inspirar quando tudo parecer sem sentido, para quando você precisa de um empurrãozinho a mais ou aquele lembrete básico de que está no caminho certo. 

1. Só se escreve com intensidade se vivemos intensamente. Não se trata apenas de viver sentimentos mas de ser vivido por sentimentos. –  Mia Couto

2. A descrição começa na imaginação de quem escreve, mas deve terminar na de quem lê. – Stephen King

3. Eu não tenho um método. Tudo o que faço é ler muito, pensar muito, e reescrever constantemente. Não é uma coisa científica. – Gabriel Garcia Márquez

4. Escrever um romance é como correr uma maratona. É preciso ser metódico. Deixas de o fazer um único dia e perdes logo o ritmo; perde-se muito tempo depois, tentando restabelecê-lo. – Paul Auster 

5. Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho. – Clarice Lispector



6. A verdadeira coragem é ir atrás de seu sonho mesmo quando todos dizem que ele é impossível. – Cora Coralina

7. Foi-me perguntado (nunca falha) que conselho daria eu a um jovem aspirante a escritor, e eu respondi como sempre: não ter pressa (como se eu não a tivesse tido nunca) e não perder tempo (como se eu não o tivesse perdido jamais). E ler, ler, ler... – José Saramago 

8. Nenhum escritor pode criar do nada. Mesmo quando ele não sabe, está usando experiências vividas, lidas ou ouvidas, e até mesmo pressentidas por uma espécie de sexto sentido.  – Érico Veríssimo

9. Não podemos ensinar a criatividade - como se tornar um bom escritor. Mas podemos ajudar um jovem escritor a descobrir, dentro de si próprio, que tipo de escritor ele gostaria de ser.  –  Mario Vargas Llosa

10. No geral, qualquer coisa que te leva a escrever e te mantém escrevendo é uma coisa boa. Qualquer coisa que te impede de escrever é uma coisa ruim. Se você descobrir que seu grupo de escritores está impedindo
você de escrever, você larga o grupo.  –  Neil Gaiman


11. O único recurso que conheço é o trabalho. A escrita tem leis de perspectiva, luz e sombra, assim como a pintura ou a música. Se você já nasceu conhecendo-as, ótimo. Se não, precisa aprendê-las. E depois precisa rearranjar as regras a fim de adaptá-las a si próprio.  – Truman Capote

12. Remexa na memória, na infância, nos sonhos, nas tesões, nos fracassos, nas mágoas, nos delírios mais alucinados, nas esperanças mais descabidas, na fantasia mais desgalopada, nas vontades mais homicidas, no mais aparentemente inconfessável, nas culpas mais terríveis, nos lirismos mais idiotas, na confusão generalizada, no fundo do poço sem fundo do inconsciente: é lá que está o seu texto. Sobretudo, não se angustie procurando-o: ele vem até você, quando você e ele estiverem prontos.  –  Caio Fernando Abreu

13. Fundamentalmente, um bom autor tem o seu próprio senso de estilo. Há uma voz natural, profunda, e essa voz está presente desde o primeiro esboço de um manuscrito. Quando ele ou ela desenvolve a partir do manuscrito original, continua a reforçar e simplificar essa voz natural e profunda.  –  Kenzaburo Oe

14. Qual é o propósito da escrita? Para mim, pessoalmente, é realmente para explicar o mistério da vida, e o mistério da vida inclui, claro, os pessoais, os políticos, as forças que nos tornam aquilo que somos enquanto existe outra força dentro de nós a lutar para que sejamos algo diferente.  – Nadine Gordimer

15. Um conselho aos jovens escritores? Sempre o mesmo conselho: aprendam a confiar no vosso próprio julgamento, aprendam a serem independentes por dentro, aprendam a confiar que o tempo vai separar o que é bom do que é mau - incluindo o vosso próprio mau. – Doris Lessing



16. A escrita não é senão ritmo. –  Virginia Woolf

17. Seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos, ou não somos coisa nenhuma. – Monteiro Lobato 

18. A escrita não é um negócio sério. É uma alegria e uma celebração. Você deve estar se divertindo com isto. – George Orwell

19. As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas – Sun Tzu

20. Alguns fracassos na vida são inevitáveis. É impossível viver sem falhar em alguma coisa, a menos que você viva de forma tão cautelosa que você pode não ter vivido de verdade – nesse caso, você falha por omissão. – J.K. Rowling

Agora nos conte você costuma buscar inspiração na experiência e conselhos de outros escritores? Se sim compartilhe conosco sua dica/conselho favorito e de quem é a autoria?



Olá, escritores!

Sabemos que uma boa história deve conter diferentes elementos que fazem com que os leitores se identifiquem, e um desses elementos é um bom personagem. Isso significa uma maior profundidade, um background, uma bagagem, consistência em suas ações, personalidade bem definida e vários outros aspectos que o tornam mais verossímil.

Para muitos, pode ser complicado chegar a uma boa definição de personalidade, ou até mesmo definir como essa pessoa encararia determinadas áreas da vida como a relação com a família, amigos, parceiros, trabalho... Por isso, existem diferentes técnicas para manter um personagem consistente.

Alguns podem deixar anotado em um arquivo à parte todas as características do personagem, outros usam planners, já vi autores que dão um toque especial e fazem todo o mapa astral do personagem. Eu, como uma boa estudante de psicologia, trago para vocês o teste das 16 personalidades que pode auxiliar na criação de personagens mais palpáveis!


O teste das 16 personalidades, chamado oficialmente de Myers-Brigss Type Indicatos (MBTI), foi criado durante a Segunda Guerra Mundial pelas psicólogas americanas Isabel Briggs Myers e Katherine Briggs que se basearam no livro “Tipos psicológicos” de Carl Gustav Jung. O propósito era ajudar mulheres que trabalhavam nas indústrias militares a se encaixarem em funções que seriam mais eficazes e valorizar as diferenças individuais de forma construtiva para promover a paz mundial.
 
O teste divide as personalidades em quatro grandes categorias (Analistas, Diplomatas, Sentinelas e Exploradores) e dentro dessas 4 categorias existem outras 4 personalidades. O teste possui um total de 60 questões com um espectro de concordo totalmente a discordo totalmente. Os resultados são muito interessantes e detalhados, você pode conhecer as fortalezas e debilidades, além de como a pessoa se comporta em diferentes situações. O que pode ser uma boa base para a criação do personagem e saber como ele é na sua essência mais profunda.


Abaixo deixo um resumo das características para que possam ter uma ideia, mas o teste em si dá detalhes muito mais específicos:

1- Fonte de energia

Extrovertidos (E): indivíduo que se sente energizado através da interação com outras pessoas, geralmente agem antes de pensar.
Introvertidos (I): aquele que se sente energizado pelo engajamento em atividades solitárias, preferem refletir muito antes de qualquer ação.

2-  Modo de perceber o mundo

Sensoriais (S): consciência voltada para o que existe de concreto, àquilo que pode ser percebido através dos 5 sentidos.
Intuitivo (N): consciência voltada ao abstrato, ao lado simbólico, ao intangível.

3- Maneira de avaliação, julgamento, organização e decisão

Racionalistas (T): concisos, atuam de maneira lógica, organizada e objetiva; sempre buscam argumentos racionais.
Sentimentais (F): baseiam-se em critérios subjetivos, como valores e preferências, levando em consideração necessidades humanas e decidindo “com o coração”.

4-Estilo de vida

Julgadores (J): Decisivos, preferem seguir regras claras e viver de maneira mais planejada, estruturada. Sentem tranquilidade quando decisões são tomadas.
Perceptivos (P): gostam de liberdade, de improvisações. Dão preferência a uma vida com maior flexibilidade, adaptável. Sentem tranquilidade quando apresentam opções em aberto.

E agora vem a grande questão: Como usar o teste das 16 personalidades no meu personagem?


O que eu recomendo é que você faça o teste pensando em como o seu personagem responderia as perguntas. Você demorará um pouco menos de 12 minutos, mas vai ver que o resultado será certeiro! Ao ler as descrições, você perceberá que, de certa forma, já imaginava o personagem assim e pode explorar diferentes áreas da vida dele, ali você pode encontrar novas características que podem torna-lo mais real e até mesmo ser o motivo de alguns conflitos na trama.

Então você me pergunta: Mas não é mais fácil eu entrar na lista das 16 personalidades e escolher a descrição mais parecida com a do meu personagem?

NÃO.

Sabe o motivo?

Eu parto da premissa que, para escrever como um personagem é ou atua, você deve saber exatamente quais seriam as respostas dele em um teste como esse e conseguir tirar o resultado que ele tiraria. Como você pretende escrever a cena de um personagem tomando decisões importantes, se você não sabe como ele responderia a um simples teste de 12 minutos?

A minha recomendação é que você tome o seu tempo para conhecer o seu personagem de verdade, ler as descrições com cuidado para pegar todas as nuances da sua personalidade e saber como explorá-las na narrativa.


É interessante deixar um registro dessas características para voltar de vez em quando e analisar, assim você pode checar se o comportamento do seu personagem durante a trama condiz com a sua personalidade.

A partir disso, você pode pensar em medos, ambições, tipo de relações que mantém e várias outras características relacionadas com a vida em geral. Isso irá ajudar na construção de um personagem mais real que os leitores possam se identificar.

Além das características gerais, o teste descreve as personalidades em relação a: fortalezas e debilidades, relações românticas, amizades, maternidade/paternidade, carreira, hábitos e trabalho. Assim você pode expandir a sua imaginação em diferentes setores da vida do seu personagem!

Agora me fala, qual é o tipo da personalidade do seu personagem? Eu sou INFP-A e tenho uma personagem que é ENFJ-A.

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